segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chapter VIII - Remorsos...

Aquela sala de sonhos e carências que nunca serão saciadas se fechou definitivamente nas minhas costas, tudo aquilo não importa mais, tudo aquilo é passado, mas tudo ainda existe dentro de mim, não mais como uma missão de vida a ser feita, mas como uma aprendizagem, um conceito, criado através de fatos.

Tudo isso morreu e não será mais resgatado, o presente é agora, depois de tantos anos dentro de um casulo de esperanças, sonhos e desejos, acabei rompendo essa barreira e finalmente vi a luz a minha frente, então abro minhas asas e voarei, com a liberdade que me foi imposta a força.

Fracassei ao tentar me enquadrar as normas da sociedade, fracassei em todos meus planos para o futuro, fui chamado inúmeras vezes de agressivo, grosso e antipático, fiz coisas que destruiu minha própria saúde e a de outras pessoas... Mas isso tudo mudou, meu medo de perder as pessoas ao meu redor se foi, aprendi a voar sozinho, ao ser jogado em um precipício de carência.

Hoje? Hoje eu retribuo o carinho dado a mim, seja ele dado por qualquer tipo de pessoa, seja uma pessoa que passe por meus conceitos pessoais sim ou não, hoje eu sou sociável e gentil com muitas pessoas que no passado eu não seria, hoje eu tenho amigos e amigas. Hoje... eu sou falso e não tenho remorso, farei amizades por interesse, falarei com pessoas por educação, tomarei lugares sem pensar duas vezes, antigamente? Eu atacava por fora... hoje eu ataco por dentro.

“Uma cobra envolve sua presa antes de dar o bote”

“O lobo observa e estuda o comportamento de sua presa antes de matá-la”

Todas as vezes que não segui meu instinto eu me machuquei, ate pensei varias vezes que era uma pessoa paranóica, pois meu instinto nunca mandou eu confiar em ninguém e em todas as pessoas que confiei, eu fui abatido e levado ao chão, o ser humano mente por necessidade essa é a realidade.

Sem remorso, sigo minha vida como ela me vem agora, desviando de tudo e fazendo o que for preciso, pois hoje, o peso das minhas coisas foi embora, estou leve, pois ele virou conhecimento....

sábado, 6 de novembro de 2010

Music XI - Snuff....




Enterre todos os seus segredos na minha pele
Abandone a inocência e deixe-me com meus pecados
O ar ao meu redor ainda parece uma cela
E o amor é só um disfarce para o que parece ser ódio, de novo...

Se você me ama, deixe-me partir.
E vá embora antes que eu perceba.
Meu coração está sombrio demais para se importar.
Não posso destruir o que não está lá.
Me entregue ao meu destino
Se estou sozinho, não tenho o que odiar
Eu não mereço ter você...
Meu sorriso se foi a muito tempo
Se eu puder mudar, espero nunca saber

Eu ainda coloco suas cartas junto aos meus lábios
E as guardo dentro de mim de forma que lembrem cada beijo seu
Eu não conseguiria viver sem a sua luz
Mas tudo isso foi dilacerado... quando você recusou a lutar

Então poupe sua fala, não vou ouvir
Acho que deixei isso bem claro
Você não conseguiu odiar o bastante para amar
Isso deveria ser o suficiente?
Eu só queria que você não fosse minha amiga
Dessa forma eu poderia te machucar no final
Nunca pretendi ser um Santo...
Meu interior foi expulso há muito tempo
A esperança precisou acabar pra te deixar partir

Então quebre-se contra as minhas pedras
E cuspa sua pena na minha alma
Você nunca precisou de nenhuma ajuda
Você me vendeu para se salvar
E eu não darei ouvidos a tua vergonha
Você fugiu - Vocês são todas iguais...
Anjos mentem para manter o controle...
Meu amor castigado por muito tempo
Se ainda se importa, não deixe que eu saiba.
Se ainda se importa, não deixe que eu saiba...


06/11/1988...