sábado, 28 de agosto de 2010

Vivendo e Aprendendo...

Eu venho andando só sobre essa estrada
Com a minha mala cheia de sonhos
Sonhos de encontrar uma única amada.
Daquela da qual minha vida ponho.

Tristezas são como a dinamite
Dançando sobre meu ser
Testando sempre o meu limite
Sinto como se fosse enlouquecer

Eu cacei o amor como se fosse á vida
Pensando que esse era meu destino
Por isso sempre sai com a alma ferida

Nunca esquecerei o que eu senti
Pois esse sentimento ainda esta aqui
E estará para todo o sempre
Para me lembrar que eu morri

Sozinho eu me recordo do sonho que tive
Sem ter agora nem um abraço para me acalentar
Agora vivendo com a vida que sobrevive sem ter o que motive
Agonizar em silencio, atuar sem nunca ajoelhar e nunca mais pensar em casar.

Você foi o portão, foi a minha salvação.
E mesmo assim me assistiu morrer
Sem ao mesmo ter coragem de me socorrer
Pois isso seria contra a sua decisão
Decisão de ir viver e me deixar apodrecer

Caminhar sem uma estrada,
Brigar por uma luta perdida,
Alcoolizar uma vida sem sentido,
Amar um amor abandonado,
Apagar o que não pode ser apagado,
Cegar um coração ferido,
Ceifar uma vida de futuro belo,
Clamar pelo perdão,
Cochilar com medo de ter pesadelos,
Dançar a musica dos mortos,
Degustar o sabor da derrota,
Desprezar a própria existência,
Errar sem medo do amanha...

Agora não tem mais volta,
Sozinho eu recordo
Pois não tenho ninguém para escutar minha revolta.

Nunca mais serei o mesmo,
Agora estou descendo,

A vida é assim,
Vivendo e aprendendo...


28 de agosto de 2010, era para ter sido ótimo dia... era...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Music VIII - Ilusões, Desilusões...


Você pode sentir suas flechas envenenadas
Que deixaram suas marcas
Mais e mais ela quis viver na covardia
Querendo apenas aproveitar o dia

Você está correndo do desprezo
Você sabe que todo esse tempo
Você esteve perseguindo uma ilusão, desilusão.

Para o vazio da morte
Está traçado o enigma
O norte do qual nenhum homem foi
Não pode voltar atrás
Não mais perdido sem sorte
Nunca mais, nunca mais
Após uma vez ter aberto seus olhos

Descendo para a escuridão, você estará cruzando a linha


Eu sou um crente nas extremidades da percepção
Iludido pelas armadilhas da vida.
Morto para as vozes dos ansiosos
Tímido pois não deve ser nomeado

Seduzindo-me embora agora, enquanto o sol se põe
Para a verdade que está além
Eu estou perseguindo uma ilusão, uma ilusão
Nunca mais, nunca mais
Após uma vez ter aberto meus olhos
Revelação, estou voltando para o nada.

Você virou as costas
Disposta a fazer sua mente
Não, você nunca pensa nas consequências
Você está perseguindo uma ilusão quente.
Como uma mariposa para as chamas
Encontrará o calor que lhe queimará
E a luz no fim do seu túnel
Será a luz do trem que lhe atropelará.

Sozinho eu permaneci quando você se foi
Selado dentro de minha própria morte interna
Todos os sentimentos, ilusões... desilusões.
Irão com o coração que se foi de forma eterna.


sábado, 21 de agosto de 2010

Chapter V - E O Que Resta? Nada...

Estava lá todos aqueles destroços agora estavam no mínimo arrumados, tudo limpo porem ainda destruído, pilares pela metade, o chão rachado em varias partes, todas as cores que antes eram vivas agora estavam acinzentadas... mortas.
Apoiado a uma mesa inclinada havia um rapaz de longos cabelos negros ondulados soltos nos seus olhos azuis mortos, roupas sociais pretas e sujas de poeira e pó de construção. Ele, balançava para frente e para trás uma cadeira de rodas com um jovem sentado que parecia dormir nela mas ele não se movia, parecia mesmo era morto...

- tsc... – Resmungava o rapaz ao parar subitamente seu braço, parando o movimento que fazia na cadeira – Sabe? Estávamos lá hoje em uma daquelas baboseiras que você gostava, ou gosta, sei lá. – O jovem apoiava os dois braços nos punhos da cadeira e ficava com a cabeça baixa – Conversa vai e conversa vem, veio o assunto do irmãozinho de 12 anos... Sinceramente? Não nos sobra nada de dignidade mesmo, nem para sermos egoístas, liberei o acesso mas não me obrigue a ser gentil. – Lemvatava a cabeça e olhava para lado, observando a destruição ao seu redor. – Incrível isso, as pessoas podem destruir nossos sonhos, metas, vidas, esperanças ate de uma mãe que pensava que tinha ganhado uma filha e netos no futuro... uma mulher de quase 50 anos que só tem em mente a visão da felicidade e realização do próprio filho, por que a vida dela já esta completa... Isso? Pode ser destruído em prol de egoísmos pessoais, não pode? – Ele abaixava a cabeça novamente. – Agora, um moleque de 12 anos que não sabe nem escrever direito, tem o direito de ser “injustiçado”, que tem toda a vida e realização pessoal a frente, ele sim, não deve ser vitima de nada.

Enquanto ele esboçava um sorriso irônico para si mesmo, como se risse de sua própria face, suas sobrancelhas cerravam e seu punho fechava...

- É como disseram para nós naquele progaminha: “Mulher não gosta de homem besta, quando ela arranja um, ela pisa ate não querer mais e depois joga fora...” Isso pode ate ser uma meia-verdade... mas é fato que: Quando você é um cara que adora sair com os amigos e brincar pela noite a fora, a mulher olha e vê onde esta pisando e não vai querer dar muita liberdade se prendendo para tentar prender o rapaz, e ela se acha no direito de fazer isso exige, briga etc.. Quando ela namora um idiota que não faz nada alem de ficar em casa, ela pega essa confiança e ela mesma vai querer sair para brincar noite a fora, por que sabe que tem um idiota dentro de casa e quando esse idiota reclama, ela o manda pastar, e o deixa pela liberdade dela mesma... – Ele ria balançando negativamente a cabeça... – Nós erramos feio. Isso custou tudo, mas não custou o chão em nós pisamos, pois essa terra... É terra de ninguém. Se um dia você voltar, estarei feliz em refazer tudo diferente, mesmo que todo meu sangue caia sobre essa terra.

O jovem voltava a balançar a cadeira de rodas novamente...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Chapter IV - Sem Palavras para tudo...

Em um completo silencio tudo se escondia, diante de tudo só existia o nada e o vazio que reina sem dó nem piedade, tudo aquilo que era sentido valia de nada diante de outra pessoa que sentia algo, pois o ser humano é egoísta ao ponto de apenas se importar com si mesmo, podendo deixar morto o próximo, tanto que isso faça a si mesmo mais vivo....

Em tudo isso, agora só existe um corpo semi-morto deitado ao réu, sem direito a nada, alem de se decompor só, sem sorrisos, sem consolo, sozinho diante de tudo destruído... ao lado dele nada alem de sua própria consciência que ainda tenta algo, nem que seja andar como um morto-vivo diante de todos, estar vivo por fora e morto por dentro.

Não existe amor sem sacrifício...

Isso, lhe custou a vida.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Music VII - Play dead (Tradução) - Björk

Querida, pare de me confundir
Com o seu completo desejo
Abraços esperançosos
Não entendeu?
Eu tenho que passar por isso
Eu pertenço a isso
Onde ninguém se importa
E ninguém ama
Sem luz, sem ar para viver
Um lugar chamado "ódio"
A cidade do medo

Jogue morto
E pare de ferir
Jogue morto
E os ferimentos param

Às vezes, é como dormir
Levando minhas torturas privadas para dentro
Eu me aconchego dentro dessa dor
Abraços sofridos
Acariciar cada dor

Jogue morto
E pare de ferir
Jogue morto
E os ferimentos param

Jogue morto
E pare de ferir
Jogue morto
E os ferimentos param



Chapter III - O pecado: Entregar-se a ponto de morrer por...

O salão de paredes vermelhas agora estava um caos, tudo estava espalhado praticamente tudo quebrado, o lustre que antes estava acima das cabeças estava ao chão, enferrujado e sem vida, as paredes descascando tinta como se mil anos tivessem se passado sem que aquilo não tivesse nenhum cuidado estava decrépito, destruído, morto...

- ohh... parece que todo aquele “céu” se foi...

Dizia o rapaz de olhos claros ao observar o local, o jovem que antes estava jogado em algum canto do salão, não estava mais em seu local de antes sendo assim o rapaz começava a procura-lo, vasculhando em meio as cadeiras no chão, quadros, pedaços de pilares velhos, então em baixo da antiga mesa que brilhava ali ele encontrava o corpo do jovem deitado ao chão banhado em seu próprio sangue em aparência morta, o rapaz o pegava devagar chutando a enorme mesa como se fosse isopor, era possível ver a chama do ódio em seu olhar, apoiava o jovem caído na mesa no chão e o deixava deitado em uma posição mais confortável.

- E o incrível é que nem mesmo eu posso odiar... – comentava ele segurando o braço do jovem aparentemente morto. – gostaria de poder ir ai dentro lhe ajudar, porem só dividimos esse pequeno espaço da mente, onde tudo de dentro das nossas almas se reflete, se um dia foi arrumado e lindo, foi por que nossas almas ressoavam isso, hoje em dia é isso que nossas almas ressoam, o sofrimento, angustia, desespero e a morte. – O rapaz abaixava a cabeça apertando o contato de sua mão com o braço do jovem. – Não posso ir ai dentro do seu subconsciente pessoal te ajudar, o maximo q eu posso fazer por você é fazer o que ninguém nunca fez, ficar aqui com você ate o fim... – Ele olhava ferozmente para o corpo estendido a sua frente – E o pior é: que nem mesmo eu posso odiar...

sábado, 14 de agosto de 2010

Chapter II - Desabafo pro(a) Nada....

Um salão todo bordado com entalhes em preto com as paredes em vermelho, um lustre de cristal encima com um liquido viscoso vermelho dentro dele, uma vitrola velha com entalhes dourados e um disco desligado, no banco havia um homem com roupas sociais negras , cabelos ondulados negros e olhos azuis mortos, do outro lado encostado na parada com roupas mulambentas, uma camisa preta folgada e uma calça jeans surrada, encostado na parede do lado da única porta do local, um aporta de madeira velha, sem trinco...

- O que você tem? - Perguntava o rapaz de olhos azuis mortos.
- Nada.... – Respondia o rapaz jogado.
- Eu te conheço faz um tempinho guri... – O jovem tomava um gole de vinho em sua taça dourada.
- Eu quero morrer.

O rapaz elegantemente se virava mais para encarar o jovem desarrumado a sua frente para encará-lo com certa ironia.

- Morrer? Por favor, para que isso? Por que isso? – Dizia o jovem curioso.
- Por que eu quero começar tudo denovo....
- É assim? Erra e quer “resetar” ? Pensa que a vida é fácil ?
- A vida não é fácil, mas ela foi muito difícil.
- Uai, não gostava dos “desafios”? - Dizia em um tom irônico.
- Eh... – O rapaz isolava-se em seu próprio mundo mental...

O jovem estava sentado olhando para o rapaz ali a sua frente, eles eram parecidos, praticamente iguais, porem o rapaz desleixado possuía olhos castanhos escuros e uma feição bem acabada.

- Eu... – Sussurrava o jovem encostado na parede – Eu quero acabar comigo, beber, fazer qualquer coisa que acabe com meu amor e orgulho próprio, eu quero me jogar na sarjeta por vontade própria, cair de não conseguir levantar – Soluçava – Acabar com minha alma até os últimos vestígios acabar com todo o orgulho dentro de mim, fazer tudo q eu sempre desaprovei, me jogar no pior de todos os casos – As palavras já estavam entre soluços e lagrimas – Me olhar no espelho e nunca mais cogitar em querer falar nada que seja “certo”, não quero mais esse fardo de me sentir “certo” ou “superior” eu quero o mais baixo nível de todos, para poder ficar calado, quieto, destruído... mas em paz! Sem querer ter o direito de encontrar alguém “certo” não quero mais isso, eu não quero mais sofrer desse jeito, com tudo de ruim dentro de mim, ciúmes, posse, tudo q eu acho que “devo dar” e “quero em troca” eu não quero mais isso, eu cansei de sofrer com isso, cansei, cansei cansei!!!! – O desespero e insanidade eram como uma melodia harmônica vindo da alma.

O jovem de roupas sociais negras se levantava e sentava ao lado de seu companheiro, envolvia seu braço na lateral dos ombros do jovem desesperado...

- hum... complicado. – Olhava para o garoto triste com olhos realmente preocupados e sinceros.