sábado, 21 de agosto de 2010

Chapter V - E O Que Resta? Nada...

Estava lá todos aqueles destroços agora estavam no mínimo arrumados, tudo limpo porem ainda destruído, pilares pela metade, o chão rachado em varias partes, todas as cores que antes eram vivas agora estavam acinzentadas... mortas.
Apoiado a uma mesa inclinada havia um rapaz de longos cabelos negros ondulados soltos nos seus olhos azuis mortos, roupas sociais pretas e sujas de poeira e pó de construção. Ele, balançava para frente e para trás uma cadeira de rodas com um jovem sentado que parecia dormir nela mas ele não se movia, parecia mesmo era morto...

- tsc... – Resmungava o rapaz ao parar subitamente seu braço, parando o movimento que fazia na cadeira – Sabe? Estávamos lá hoje em uma daquelas baboseiras que você gostava, ou gosta, sei lá. – O jovem apoiava os dois braços nos punhos da cadeira e ficava com a cabeça baixa – Conversa vai e conversa vem, veio o assunto do irmãozinho de 12 anos... Sinceramente? Não nos sobra nada de dignidade mesmo, nem para sermos egoístas, liberei o acesso mas não me obrigue a ser gentil. – Lemvatava a cabeça e olhava para lado, observando a destruição ao seu redor. – Incrível isso, as pessoas podem destruir nossos sonhos, metas, vidas, esperanças ate de uma mãe que pensava que tinha ganhado uma filha e netos no futuro... uma mulher de quase 50 anos que só tem em mente a visão da felicidade e realização do próprio filho, por que a vida dela já esta completa... Isso? Pode ser destruído em prol de egoísmos pessoais, não pode? – Ele abaixava a cabeça novamente. – Agora, um moleque de 12 anos que não sabe nem escrever direito, tem o direito de ser “injustiçado”, que tem toda a vida e realização pessoal a frente, ele sim, não deve ser vitima de nada.

Enquanto ele esboçava um sorriso irônico para si mesmo, como se risse de sua própria face, suas sobrancelhas cerravam e seu punho fechava...

- É como disseram para nós naquele progaminha: “Mulher não gosta de homem besta, quando ela arranja um, ela pisa ate não querer mais e depois joga fora...” Isso pode ate ser uma meia-verdade... mas é fato que: Quando você é um cara que adora sair com os amigos e brincar pela noite a fora, a mulher olha e vê onde esta pisando e não vai querer dar muita liberdade se prendendo para tentar prender o rapaz, e ela se acha no direito de fazer isso exige, briga etc.. Quando ela namora um idiota que não faz nada alem de ficar em casa, ela pega essa confiança e ela mesma vai querer sair para brincar noite a fora, por que sabe que tem um idiota dentro de casa e quando esse idiota reclama, ela o manda pastar, e o deixa pela liberdade dela mesma... – Ele ria balançando negativamente a cabeça... – Nós erramos feio. Isso custou tudo, mas não custou o chão em nós pisamos, pois essa terra... É terra de ninguém. Se um dia você voltar, estarei feliz em refazer tudo diferente, mesmo que todo meu sangue caia sobre essa terra.

O jovem voltava a balançar a cadeira de rodas novamente...

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